sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

UM MAU EXEMPLO PARA O NOSSO PAÍS

Se a moda pega... infeliz do homem que não nasceu em Portugal!

Um bom exemplo, que infelizmente pelo nosso burgo não teria consequências. Ou prescrevia ou, graças a uma virgula mal colocada, o processo seria anulado. O mais certo é que nunca haveria processo ou julgamento.

O antigo deputado trabalhista David Chaytor foi hoje condenado a 18 meses de prisão por ter reclamado o reembolso de despesas falsas no valor de 22 mil euros.

O antigo político, de 61 anos, torna-se assim no primeiro político a ser condenado na sequência do escândalo das despesas dos deputados que surgiu em maio de 2009.

A sentença foi hoje anunciada no tribunal de Southwark, em Londres, por um juiz, que considerou os atos do político "um desrespeito da confiança" atribuída pelos eleitores.

Ex-deputado já tinha assumido culpa

Chaytor já se tinha declarado culpado de três acusações de contabilidade falsa, no valor de 18.350 libras (22 mil euros).

Uma das acusações refere-se às despesas de 5425 libras (6,45 mil euros) que teria feito entre setembro de 2007 e janeiro de 2008 pelo arrendamento de uma casa que se descobriu mais tarde ser propriedade da mãe.

O ex-deputado acabou por confessar que não tinha pago à mãe, que vivia numa casa de repouso e entretanto morreu, e reconheceu que arrendar uma casa de um familiar não era permitido.

Imunidade rejeitada

Chaytor invocou imunidade por ser deputado, mas este argumento foi rejeitado pelo Supremo Tribunal de Justiça.

Outros dois ex-deputados, Elliot Morley e Jim Devine, ambos do Partido Trabalhista, e o lorde conservador Paul White, que detém o título de Lord Hanningfield, aguardam julgamento por questões também relacionadas com despesas.